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domingo, 8 de maio de 2011

Quantum Theory

A originalidade no universo do entretenimento eletrônico é cada vez mais questionada. Um exemplo clássico é a própria criação de Shigeru Miyamoto. Sim, estamos falando de Mario. Depois do inovador game para Nintendo 8-bits estrelado pelo bigodudo da Nintendo, o mundo recebeu simplesmente centenas de cópias baratas. O mesmo aconteceu com jogos posteriores, como Doom e até mesmo Mario Kart.



Felizmente, alguns títulos conseguem aproveitar as ideias de outros grandes jogos e aprimorá-las. Com isso, normalmente surgem novos gêneros ou franquias de sucesso. Se você pensa que tudo isso que falamos até agora, então está muito enganado. Na atual geração, isto também ocorre — e muito.


Quer um exemplo? Tudo bem. É difícil olhar para Quantum Theory, da Tecmo-KOEI, e não se lembrar de outro game famoso desta geração: Gears of War. A comparação é simplesmente inevitável. Então Quantum Theory é apenas uma cópia do megassucesso da Epic Games? Bom, sabe-se que nesta geração já tivemos diversos outros jogos em que o protagonista era “bombado” e abusava de um sistema de cobertura.


Img_originalTudo bem, Quantum Theory realmente compartilha muitos elementos com Gears of War. Mas a Tecmo-KOEI garante aos jogadores que existem muitos motivos para conferir o game — principalmente se você conta com um PlayStation 3, plataforma que não desfrutou da série citada como exemplo nesta prévia.


Batemos o olho no game e logo percebemos que a estrutura é basicamente a mesma. Contudo, temos uma trama completamente diferente, personagens com estilo oriental e ainda diversos outros motivos para, ao menos, prestar a atenção em Quantum Theory. E outra: se estamos falando de uma cópia, trata-se de uma cópia interessante.


Durante a Electronic Entertainment Expo (E3) deste ano, houve várias surpresas. Uma delas era realmente esperada pelos donos do Xbox 360. Gears of War 3 deu as caras pela primeira vez na feira e o público foi presenciado com momentos de jogabilidade e muitos lances alucinantes. O resultado? A loucura da galera — e o esquecimento total de Quantum Theory.


Entretanto, ao contrário do que muita gente imagina Quantum Theory ainda existe e estava lá, no cantinho da Tecmo-KOEI, marcando presença no maior evento de video games do mundo. Felizmente, quem ainda está interessado pelo game agora terá chances de saber um pouco mais sobre a história e a própria jogabilidade. Lá vamos nós!


O “bombado” e a heroína


Um dos responsáveis pelo game comentou um pouco sobre Quantum Theory durante o evento. Makoto Shibata, produtor do título, revelou detalhes de como será o esquema com sua companheira e por que Quantum Theory é diferente de Gears of War.
Primeiramente, vale a pena comentar um pouco sobre a trama do título. Basicamente, Quantum Theory traz a história de um mundo em que não existe mais qualquer civilização. Como se não bastasse, surgem diversas torres misteriosas ao redor de todo o globo, ameaçando a vida dos poucos sobreviventes que perambulam pelo local. Syd, o personagem principal, é um dos sortudos que ainda não passou desta “para uma melhor”.
Com todos esses problemas, sua missão na pele de Syd não poderia ser diferente. O grande objetivo do herói “bombado” e coberto por cicatrizes é destruir essas torres malignas que contaminam o mundo. Elas realmente estão vivas e isso fica bem claro quando o jogador começa a explorá-las, já que se percebem movimentos e alterações na topografia.


Conforme Syd progride, surgem novos desafios e inimigos. Um deles, ou melhor, uma delas acaba se tornando a parceira do protagonista. O encontro com Filena não é muito amigável, mas, por conveniência, os dois decidem se juntar — caso contrário, provavelmente nenhum deles sairia vivo. Tudo começa meio estranho, mas logo a relação se torna mais humana e os dois agem conjuntamente para destruir as torres.

A trama parece preencher bem o seu papel, não sendo muito diferente do modelo criado pela maioria dos jogos de terceira pessoa desta geração. Mas, e a jogabilidade? Bem, Quantum Theory traz um sistema “convencional” para aqueles que já desfrutaram de um game do gênero.


Combinando habilidades


O jogador utiliza o analógico direito para movimentar o personagem, enquanto o esquerdo move a câmera. Para atirar e mirar basta pressionar os botões dos ombros do joystick. O famoso sistema de cobertura também marca presença no game. Contudo, um dos diferenciais não está diretamente relacionado a Syd, mas sim a Filena, sua parceira.


Durante sua jornada, você poderá utilizar as chamada Combination Actions. Trata-se de uma série de ações diferentes que envolvem os dois personagens. Para ilustrar, temos a possibilidade de literalmente arremessar Filena contra os inimigos, o que causa um dano considerável graças às habilidades afiadas da moçoila. Além de arrebentar determinados adversários, o jogador também pode utilizar Filena para causar um estrago em uma área, deixando todos atordoados — com seus golpes e não com sua beleza.
Img_original
Há também um pouco de estratégia para essas ações em conjunto. Você pode “recomendar” que Filena cuide de determinada parte do cenário, por exemplo. Para isso, basta lançar a guerreira no local em que deseja. Feito isso, deixe que a moça cuide da região, destruindo tudo o que vê pela frente, enquanto você dá conta do restante.
Posteriormente, Filena adquire novas habilidades, tornando seus ataques ainda mais avassaladores. Quando o jogador pressiona o botão correto no momento exato, a potência dos golpes da guerreira aumenta, e o resultado pode gerar até três acertos que certamente não deixarão sobreviventes na área. A variação de ataques promete ser grande, conforme o botão escolhido pelo jogador.
Nada de cooperativo


OK, então Filena será como Dominic Santiago em Gears of War, correto? Não exatamente. Além de ser mais bela, a moça não pode ser controlada por um segundo jogador humano — estava muito bom para ser verdade, não é mesmo? A Tecmo-KOEI comentou que acredita que Filena seja uma extensão das ações do jogador. Mas felizmente temos os modos online para encarnar a bela garota.


Quantum Theory trará três modos de multiplayer online — mas nada de cooperativo. Serão eles: Deathmatch, Team Deathmatch e Guardian. Neste último, o líder do time é a personagem feminina e os outros jogadores têm de protegê-la para que o time adversário não faça picadinho de Filena. Enquanto os líderes dos times estiverem vivos, os outros jogadores continuam renascendo. Se todo o time morrer, você perde. Fora esses modos, o título também contará com uma modalidade que pode ser personalizada, permitindo que o jogador altere diversos elementos do jogo.
Graficamente, o game aparenta estar muito bem polido. Pelos trailers, é possível notar claramente que teremos muito sangue na tela — assim como em Gears of War. Além disso, vemos monstrengos gigantes e completamente bizarros, assim como uma grande intensidade e toques pós-apocalípticos.

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